Quase escondida no ameno vale,
como irisada e grácil mariposa,
a minha terra lembra a mais formosa
de quantas há na "praia ocidental".
Nesga do céu caída em Portugal,
pátria do meu amor - Vila Viçosa,
é dádiva de Deus, de Deus saudosa,
ínclita mãe de heróis, nome imortal.
Fosse a minha voz pregão divino,
reza de monge, vibração de sino,
reverbo de vidro transparente:
O mundo invejaria o teu Ducado,
Callípole, relíquia do passado!
Ditosa maravilha do presente!
José Emídio Amaro
13/7/1931
Ó minha terra na planície rasa,
Branca de sol e cal e luar.
Florbela Espanca
terça-feira, outubro 24
segunda-feira, outubro 16
quarta-feira, outubro 11
Votação
segunda-feira, outubro 9
quarta-feira, outubro 4
Bons Sonhos....
"Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce."
Acreditando na imparcialidade da vontade divina,
a origem do problema só poderá estar na falta de sonho do Homem!
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho/
É uma constante da vida/
Tão concreta e definida/
Como outra coisa qualquer,/
Como esta pedra cinzenta/
Em que me sento e descanso,/
Como este ribeiro manso/
Em serenos sobressaltos,/
Como estes pinheiros altos/
Que em verde e oiro se agitam,/
Como estas aves que gritam/
Em bebedeiras de azul./
Eles não sabem que o sonho/
É vinho, é espuma, é fermento,/
Bichinho álacre e sedento,/
De focinho pontiagudo,/
Que fossa através de tudo/
Num perpétuo movimento./
Eles não sabem que o sonho/
É tela, é cor, é pincel,/
Base, fuste, capitel,/
Arco em ogiva, vitral,/
Pináculo de catedral,/
Contraponto, sinfonia,/
Máscara grega, magia,/
Que é retorta de alquimista,/
Mapa do mundo distante,/
Rosa-dos-ventos, Infante,/
Caravela quinhentista,/
Que é cabo da Boa Esperança,/
Ouro, canela, marfim,/
Florete de espadachim,/
Bastidor, passo de dança,/
Colombina e Arlequim,/
Passarola voadora,/
Pára-raios, locomotiva,/
Barco de proa festiva,/
Alto-forno, geradora,/
Cisão de átomo, radar,/
Ultra-som, televisão,/
Desembarque em foguetão/
Na superfície lunar./
Eles não sabem, nem sonham,/
Que o sonho comanda a vida./
Que sempre que um homem sonha/
O mundo pula e avança/
Como bola colorida/
Entre as mãos de uma criança./
António Gedeão, Movimento Perpétuo, Atlântida Editora
Que o sonho vos comande a vida!
Acreditando na imparcialidade da vontade divina,
a origem do problema só poderá estar na falta de sonho do Homem!
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho/
É uma constante da vida/
Tão concreta e definida/
Como outra coisa qualquer,/
Como esta pedra cinzenta/
Em que me sento e descanso,/
Como este ribeiro manso/
Em serenos sobressaltos,/
Como estes pinheiros altos/
Que em verde e oiro se agitam,/
Como estas aves que gritam/
Em bebedeiras de azul./
Eles não sabem que o sonho/
É vinho, é espuma, é fermento,/
Bichinho álacre e sedento,/
De focinho pontiagudo,/
Que fossa através de tudo/
Num perpétuo movimento./
Eles não sabem que o sonho/
É tela, é cor, é pincel,/
Base, fuste, capitel,/
Arco em ogiva, vitral,/
Pináculo de catedral,/
Contraponto, sinfonia,/
Máscara grega, magia,/
Que é retorta de alquimista,/
Mapa do mundo distante,/
Rosa-dos-ventos, Infante,/
Caravela quinhentista,/
Que é cabo da Boa Esperança,/
Ouro, canela, marfim,/
Florete de espadachim,/
Bastidor, passo de dança,/
Colombina e Arlequim,/
Passarola voadora,/
Pára-raios, locomotiva,/
Barco de proa festiva,/
Alto-forno, geradora,/
Cisão de átomo, radar,/
Ultra-som, televisão,/
Desembarque em foguetão/
Na superfície lunar./
Eles não sabem, nem sonham,/
Que o sonho comanda a vida./
Que sempre que um homem sonha/
O mundo pula e avança/
Como bola colorida/
Entre as mãos de uma criança./
António Gedeão, Movimento Perpétuo, Atlântida Editora
Que o sonho vos comande a vida!
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