sexta-feira, dezembro 22
Feliz NATAL!
Adeste Fidelis
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Cantet nunc io
Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloriaIn excelsis Deo
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Ergo qui natus
Die hodiernaJesu, tibi sit gloria
Patris aeterni
Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
D. João IV - Rei de Portugal
FELIZ NATAL!!!
terça-feira, dezembro 12
...não posso estar aqui...
prometem-se postas frescas para breve, até lá aqui o empregado de balcão recomenda:
a visita às terras de mármore para falar sobre Vila Viçosa ou talvez somente discutir o sexo dos anjos.
quinta-feira, dezembro 7
7 Maravilhas de Portugal
Fui relembrado pelo Alto da Praça para algo que andava esquecido...
Parece que um conselho de sábios chegou a uma lista com 21 monumentos dignos de concorrerem ao título de maravilha de Portugal.
Decorre até dia 7 de Julho de 2007, a votação para as novas 7 Maravilhas do Mundo e para as 7 Maravilhas de Portugal.
Visitem o site das Sete Maravilhas votem nas vossas preferências, naturalmente aqui se fará campanha pelo Paço Ducal de Vila Viçosa!
para a semana haverá novas referências nas terras de mármore
8 de Dezembro
A 8 de Dezembro de 1894, no dia de Nossa Senhora da Conceição nasce em Vila Viçosa, Flor Bela de Alma da Conceição, que ficaria conhecida para o mundo como Florbela Espanca.
Em 8 de Dezembro de 1930, morre em Matosinhos, Florbela Espanca....
mais informação em:
terras de mármore
quarta-feira, novembro 29
O blogue da Vila
A new day is borning....
nasceu "o blogue da Vila!" - Terras de Mármore, que venham daí dar pontapés não na atmosfera mas sim no marasmo que paira e amaldiçoa Vila Viçosa, e que infelizmente parece ter contagiado a blogosfera Calipolense.
Como sabem eu estarei por lá.... assim como todos quantos se queiram associar ao projecto...Vila Viçosa pode não ser (ainda) Património da Humanidade, mas para já é património de todos nós, Alentejanidade e Portugalidade!
Para já o Luís, o Nuno, Os Jorges e o Francisco esperam por vós nas terras de mármore
quinta-feira, novembro 16
Sebastianismo em D. João IV
HOEC EST FATALIS
NODORUM PORTA.
JOANNES
ME NODO HESPERIOE
LIBERAT ENSE POTENS
SOLVIT ALEXANDER
NODUM UT REX IM-
PERET ORBI
REX MEUS UT REGIS
SCEPTRA LATENTIS
AGAT.
ANNO 1654.
Eis agora a tradução, segundo as melhores autoridades: - «Esta é a fatal porta dos nós. João poderoso, livra-me com a espada do nó da Espanha. Desfaz Alexandre o nó para imperar como rei na redondeza da terra: o meu rei o desata para empunhar os ceptros do Rei encoberto. Ano de 1654.»
Como monumento público à crença nacional na vinda do Desejado, não conheço outro mais expressivo. Na equilibrada dicção do epigrafista palpita, com verdade, a flama profunda que animou a resistência da alma colectiva contra a tentativa absorcionista de Castela. As iluminações proféticas do Padre António Vieira, as mil esperanças anónimas espalhadas no povo, ainda o elevado sentido duma predestinação mística, conferida por Deus a Portugal, em que vibram unânimes as peças jurídicas com que diante das cortes estrangeiras os nossos diplomatas e tratatdistas defenderam o direito da nossa nacionalidade à sua independência - nada, em resumo, é comparável à lápide comemorativa de Vila-Viçosa.
(...)
Por ela, o próprio Estado confessava a legitimidade do Sebastianismo, por ela o próprio monarca se tinha como herdeiro dos ceptros do Encoberto, sceptra Regis latentis. Na singeleza daquelas tantas parelhas latinas se condensa a história toda do profundo movimento nativista que no século XVII nos levantou em massa, como um só homem, perante o espectro, indubitavelmente temeroso, da monarquia do Escorial [dos Habsburgo]. Interpretá-la é refazer a psicologia dos bons avós de Seiscentos que, por meio da espada e da pena, abriram outra vez lugar a Portugal no concerto das nações europeias. Consola-nos, como prova do vigor da raça, recordar semelhante epopeia, tão desvirtuada pelas diatribes romântico-revolucionárias dos nossos historiadores, que, ao abordarem o assunto, apenas escutam a voz do seu ódio à Companhia de Jesus e à dinastia de Bragança.”
pp. 250-251.
[D. António prior do Crato] “Não se vendeu a Filipe, porque, subindo sempre de ambição, ia subindo sempre de preço. A sua índole, - a natureza dos seus sentimentos, mostrava-se de tal modo que, tendo sido seu mestre o virtuoso D. Frei Bartolomeu dos Mártires, nós sabemos com que afinco o prelado se opôs a que o proclamassem rei em Braga, - na sua cidade arqui-episcopal. De resto, já Rebelo da Silva, sem maior conhecimento da documentação existente nos fundos diplomáticos do país vizinho, nos deixa entrever a doblez do bastardo do infante D. Luís.”
pp. 262-263
“Cingindo (…) a coroa por uma catástrofe sem igual na nossa história, o Cardeal-Rei [Cardeal D. Henrique] sufocou a sua preferência pela duquesa D. Catarina, olhando à desgraça em que Portugal se encontrava, totalmente incapacitado de resistência diante do colosso espanhol. À roda dum trono prestes a vagar, fervia a intriga, enquanto a miséria aumentava no Estado e na colectividade.”
p. 263
“Mal a vida se lhe extinguiu [Cardeal-Rei D. Henrique], o torpel dos vivos cresceu de violência. Em Portugal, essa hora de alucinação colectiva não achou ainda o seu verdadeiro historiador. (…) Reputo mesmo um vastíssimo serviço prestado ao futuro de Portugal a revisão escrupulosa de tão acidentada época histórica. Ela nos manterá, por um lado, na fé imperecedora de que a raça portuguesa se retempera e redime na desgraça e, por outro, na certeza não menos fortificante de que de forma alguma caímos no cativeiro ou na escravidão, ao transitar para as mãos da dinastia filipina o ceptro de Afonso Henriques. Se perdíamos «rei natural», a culpa não era só da ambição de Filipe. Colhiam-se as consequências da política peninsular da casa de Avis, que, em seguida à nossa consolidação em Aljubarrota, sonhou com a coroa unida de Portugal e Castela. Fala-se a todo o momento dum “perigo espanhol”. Mas ninguém se lembra de que houve também para com Castela, um “perigo português”!
pp. 265-266
“Já no crepúsculo, a ideia universal de Cristandade recebia com a separação de Portugal o seu golpe de morte. Baseada no consenso unânime de «Respublica-Cristiana», a Europa vivera em sociedade internacional, debaixo do patrocínio augusto de Roma, até que o cisma de Lutero rasgou sacrilegamente a túnica sem costura de Jesus. Embora dentro do grémio da Igreja, a França alia-se ao Turco contra Carlos V, pondo em ameaça os destinos da fé e da civilização. Conjugada por parentesco e identidade de vistas políticas aos desígnios do império austríaco, a Espanha filipina assume então na Europa o papel grandioso de refazer a Cristandade despedaçada. (…)
"Mas o individualismo ia vencer tanto no instinto das nações como nas directrizes dos Estados. Enquanto o sábio paralelismo da centúria de Quinhentos se manteve de pé afiançado pela colaboração espontânea dos dois reinos amigos, a vocação da Península no mundo pôde cumprir-se. Agora que as duas metades se voltavam em adversárias irreconciliáveis, a Península teria que sucumbir necessariamente à conspiração que a Europa inteira urdia contra ela. Outro não é o sentido patético de D. Quijote, batendo-se dramaticamente por sonhos e aspirações que ninguém já quer – que ninguém já entende! O desastre consuma-se por fim em Westefália. Ali o Papado, como pacificadora força de coordenação política, desaparece por completo na sombra. Com ele desaparece a Espanha, como potencia europeia – como braço direito da Igreja. O conceito espiritual de Cristandade vê-se substituído pelo egoísmo nacionalista de cada Estado (…). Separados da Espanha, e agora num duelo irreparável nós contribuímos não pouco para o desastre total de Westefália. Mas o imperialismo do Conde-Duque [Olivares], lógico sob o aspecto do castelhano, impelira-nos para o único caminho em que a nossa salvação, como pátria, se tornava possível.”
pp. 275-276
“Desde que nos recordemos que em manifestos de responsabilidade, como a Lusitânia liberata, de António de Sousa de Macedo, rutilam os clarões da estranha auréola sebástica, decerto que se apossa logo de nós uma outra compreensão do assunto. Os nossos doutores e panfletários da Restauração são na Europa os precursores das modernas doutrinas nacionalistas, tão vigorosamente sustentadas por eles, que de Suárez e mais comentadores da Contra-Reforma, haviam recebido o conceito tomista do «pacto». Só por este aspecto, o século XVII é o século para cujo estudo eu chamo a atenção dos que pensam.”
pp. 279-280
“Porque se esterilizou então o esforço que parecia restituir-nos o antigo e perdido primado dos «barões assinalados» do Épico [Camões]? Pelo mesmo motivo de que, dissolvido o conceito internacional de Cristandade, nós nos sumíamos na sombra, envoltos no mesmo destino em que a Espanha se afundava, esmagada.”
(…)
“Colhiam-se os frutos de se haver trocado pela quimera insensata da monarquia-ecuménica o prudente e fecundo paralelismo em que Portugal e Castela sabiamente viveram no formidável labor apostólico do século XVI!”
pp. 280-281
… “1640 não representa nem deve representar uma causa de ódio ou de reivindita contra a Espanha. Aos mesmo tempo que nos ensinava a ter confiança nas nossas qualidades criadoras, aponta-nos o caminho a seguir nas relações peninsulares. Corrigenda sanguinolenta ao erro político cometido pela aspiração imperialista tanto da casa de Áustria, como mais atrás, da casa de Avis, fortifica-nos na convicção que a unidade da Península é uma UNIDADE ESPIRITUAL, garantida pela acção concorde de duas soberanias políticas, - a espanhola e a portuguesa. Que fomos nós, a partir da Restauração, embora o mistério do Encoberto se houvesse revelado e se chamasse Portugal-Restaurado? Fomos pelo mesmo conjunto de circunstâncias porque a Espanha nada foi também. Porque, divorciados da obra grandiosa que realizáramos ombro a ombro pelos quatro cantos da terra, nem já nos elevava acima das dissídias mútuas a ideia que nos Lusíadas palpitava: - nos Lusíadas, como bem o marcou Oliveira Martins, «testamento de Espanha», mas duma Espanha que, sendo camoniana, tanto era Castela como Portugal. Ressurgem hoje do conflito trágico das Nações os líneamentos esquecidos do Hispanismo, despertados pela voz juvenil da América maravilhosa.
Congracemo-nos, ajoelhados diante da lembrança das desgraças e pecados recíprocos. O Encoberto, corporizado no milagre sempre vivo da Restauração, é o Encoberto do Quinto-Império pacífico de Espanha e Portugal, fundadores de nacionalidades, pioneiros da única civilização possível. E se ao abraço reconciliatório o demoram ainda susceptibilidades dolorosas, decida-nos, por nosso lado, a memória de D. Luísa de Gusmão, que sendo uma Medina-Sidónia, nem por isso deixou de ser um dos obreiros mais eficazes do Portugal-Restaurado!”
pp. 281-282
António Sardinha, “1640” in À Lareira de Castela, Lisboa, Edições Gama, 1943, pp. 249-282.
in
segunda-feira, novembro 6
INFOCALIPO - Vila Viçosa
Fazer um sonho …
Já sonhaste numa linda terra, bem no berço do Alentejo.
Onde a história de uma pátria se mistura com o encanto de uma nobre gente.
Sonha no berço de uma nação onde grandes batalhas de identidade se travaram e onde a beleza das brancas paredes faz transparecer uma nobre história.
Já sonhaste num passado onde a diferença estava dentro de cada um.
Onde a história conta terem existido valentes guerreiros de nobres princípios.
Pensa na tradição de uma gente que já não está mas onde no sangue dos seus filhos deixou o nobre caminho de uma gente que cresceu por fora e por dentro.
Já sonhaste no que o passado te pode ensinar minha linda princesa.
Onde a história te contou seres rainha de Portugal de gente nobre e sonhadora.
Acredita que o que foste serás e que o caminho que outros iniciaram outros de certo quererão continuar lutando e conquistando os lugares que inércia gente ocupa.
Sonharás que aqui neste estranho lugar para ti, gente nova nasce.
Onde a história é escrita não pelos olhos de quem já não vê mas sim pelos de quem quer olhar. Imagina uma terra moderna mas respeitosa do passado que tu escreveste. Aqui estarão guerreiros quem sem espadas nem punhais lutarão com nobres e honradas armas, aquelas que mais valem num mundo diferente, as armas das palavras.
Vila Viçosa é o berço da liberdade perante os espanhóis, é o lugar sagrado onde mora a rainha de todos os portugueses, mas é acima de tudo um lugar onde o tempo não deixa esquecer mas onde é necessário mudar o rumo dos acontecimentos.Modernidade acima de tudo, lembrando o passado nobre desta gente e lutando para um presente ainda mais sonhador mas tão coerente e construtivo como aquele que foi o dos nossos antepassados.
Bem vindos ao Infocalipo, não se esqueçam que aqui não estamos contra ninguém mas sim do lado deste lugar teu, meu e de todos os que respeitosamente queiram aqui aprender a ver o mundo.
Eu quero que tu sejas património mundial, minha terra.
INFOCALIPO - Vila Viçosa
terça-feira, outubro 24
CALLÍPOLE
como irisada e grácil mariposa,
a minha terra lembra a mais formosa
de quantas há na "praia ocidental".
Nesga do céu caída em Portugal,
pátria do meu amor - Vila Viçosa,
é dádiva de Deus, de Deus saudosa,
ínclita mãe de heróis, nome imortal.
Fosse a minha voz pregão divino,
reza de monge, vibração de sino,
reverbo de vidro transparente:
O mundo invejaria o teu Ducado,
Callípole, relíquia do passado!
Ditosa maravilha do presente!
José Emídio Amaro
13/7/1931
Ó minha terra na planície rasa,
Branca de sol e cal e luar.
Florbela Espanca
segunda-feira, outubro 16
quarta-feira, outubro 11
Votação
segunda-feira, outubro 9
quarta-feira, outubro 4
Bons Sonhos....
Acreditando na imparcialidade da vontade divina,
a origem do problema só poderá estar na falta de sonho do Homem!
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho/
É uma constante da vida/
Tão concreta e definida/
Como outra coisa qualquer,/
Como esta pedra cinzenta/
Em que me sento e descanso,/
Como este ribeiro manso/
Em serenos sobressaltos,/
Como estes pinheiros altos/
Que em verde e oiro se agitam,/
Como estas aves que gritam/
Em bebedeiras de azul./
Eles não sabem que o sonho/
É vinho, é espuma, é fermento,/
Bichinho álacre e sedento,/
De focinho pontiagudo,/
Que fossa através de tudo/
Num perpétuo movimento./
Eles não sabem que o sonho/
É tela, é cor, é pincel,/
Base, fuste, capitel,/
Arco em ogiva, vitral,/
Pináculo de catedral,/
Contraponto, sinfonia,/
Máscara grega, magia,/
Que é retorta de alquimista,/
Mapa do mundo distante,/
Rosa-dos-ventos, Infante,/
Caravela quinhentista,/
Que é cabo da Boa Esperança,/
Ouro, canela, marfim,/
Florete de espadachim,/
Bastidor, passo de dança,/
Colombina e Arlequim,/
Passarola voadora,/
Pára-raios, locomotiva,/
Barco de proa festiva,/
Alto-forno, geradora,/
Cisão de átomo, radar,/
Ultra-som, televisão,/
Desembarque em foguetão/
Na superfície lunar./
Eles não sabem, nem sonham,/
Que o sonho comanda a vida./
Que sempre que um homem sonha/
O mundo pula e avança/
Como bola colorida/
Entre as mãos de uma criança./
António Gedeão, Movimento Perpétuo, Atlântida Editora
Que o sonho vos comande a vida!
quinta-feira, setembro 28
Mudança... a Calipole está a mudar.... em breve...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luis de Camões
Vamos lá votar!
www.dnunalvarespereira.blogspot.com
http://www.orestauradordaindependencia.blogspot.com
a malta agradece!
quarta-feira, setembro 27
Pobre de Cristo
Ó minha terra na planície rasa,
Branca de sol e cal e de luar,
Minha terra que nunca viste o mar,
Onde tenho o meu pão e a minha casa.
Minha terra de tardes sem uma asa,
Sem um bater de folhas...a dormitar...
Meu anel de rubis a flamejar,
Minha terra moirisca a arder em brasa!
Minha terra onde meu irmão nasceu
Aonde a mãe que eu tive e que morreu
Foi moça e loira, amou e foi amada!
Truz...Truz...Truz... -- Eu não tenho onde me acoite,
Sou um pobre de longe, é quase noite,
Terra, quero dormir, dá-me pousada!...
Florbela Espanca
Vila Viçosa - onde dormir?
Vila Viçosa, não foge a esta onda de investimento e a confirmá-lo estão diversos empreendimentos desenvolvidos nos últimos anos, bem como os diversos projectos que se encontram ainda em desenvolvimento e estudo.
É uma Vila Viçosa diferente aquela que hoje recebe os turistas, há outras condições, mais dignas, mais nobres.... É uma Calipole que tenta renascer das cinzas com a iniciativa privada, é uma Calipole que merece ser apoiada e divulgada.
Onde dormir então?
Pousadas de Portugal - D. João IV - Pousada D. João IV/
Aldeamento de Peixinhos - www.peixinhos.com
Casa de Peixinhos - www.casadospeixinhos.pa-net.pt
Solar dos Mascarenhas - http://solardosmascarenhas.com/
Naturalmente, existem outros alojamentos de qualidade e a preços mais acessíveis. Embora ainda não exista uma unidade hoteleira de média dimensão, existe actualmente muita oferta... sem que a procura se revele difícil....
RESIDENCIAL D. CARLOS - Praça da República 7160 Vila Viçosa * Telef.: 268 980318
RESIDENCIAL O PARAÍSO - Estrada do Alandroal 7160 Vila Viçosa * Telef.: 268 980392
CASA DAS FLORES DE A. J. R. SANTOS - R. Gomes Jardim, 19 7160 Vila Viçosa * Telef.: 268 999403
CASA DA "MARIQUINHA" - Av. Duques de Bragança, 56 7160 Vila Viçosa * Telef.: 268 980523
Venha de lá então visitar Vila Viçosa - Princesa do Alentejo!
sexta-feira, setembro 15
Capuchos - Festa ou Festival?
De ano para ano as Festas dos Capuchos têm vindo a receber cada vez mais gente, mas o facto de haver um aumento na procura não quer dizer que haja mais ou melhor oferta.
As Festas dos Capuchos de hoje pouco mais significam que um concerto para abrir a noite enquanto outros ânimos aquecem e após término do concerto, os mais velhos retiram-se a casa enquanto que os mais novos se transferem para as barracas de comes e bebes, bares e discotecas.
Será que não há mais nada para oferecer? Será que custa muito oferecer um programa diferente?
Ainda propósito deste tema, fica então a sugestão e as boas vindas ao conterrâneo Princesa do Alentejo:
http://www.princesadoalentejo.blogspot.com/
sábado, setembro 9
Capuchos
com hortas e ribeiros em redor...
Ó formosa paisagem... sedutor
recanto de alegria e penitência...
Quem me dera passar a minha existência
gozando o doce enlevo de um pastor,
ou cultivando, simples lavrador,
teu solo de divina florescência.
Ò terra dos humildes capuchinhos,
irmãos de S. Francisco, pobrezinhos...
-há quanto tempo já os não abrigas!
Agora és lugar das romarias.
Lá vem Setembro... Que bonitos dias!
Toma cuidado com as raparigas...
José Emídio Amaro
22/07/1931
quinta-feira, setembro 7
de volta... - Sugestão da Semana - Festas dos Capuchos - Vila Viçosa
Em Vila Viçosa a reentre é oficialmente assinalada pelas Festas dos Capuchos, Festas em Honra de N. Srª da Piedade e do Sr. dos Aflitos, em Vila Viçosa, que como tradicionalmente se irão realizar no 2º fim-de-semana de Setembro.
Por inoperacionalidade (já habitual!) do site da Câmara Municipal de Vila Viçosa, as festas encontram-se a ser divulgadas pelos blogs da terra, a isto se chama serviços público.
Em boa verdade se poderia dizer que as Festas dos Capuchos em Vila Viçosa, dispensam qualquer publicidade, pois são de tal forma sobejamente conhecidas que por vezes se tornam congestionadas.
No entanto, o povo de Vila Viçosa, como sempre, será bom anfitrião e acolherá de braços abertos todos quanto aqui se queiram divertir, passear, etc...
foto: David Mendes
Momento 4 – 2006
E este ano? Decerto acontecerão mil coisas como estas, na festa que afinal tem como mais importante vertente a religiosa, entre muitas outras, de género distinto, para divertida folgança de calipolenses e forasteiros que visitam Vila Viçosa. Que todos se alegrem, em honra dos frades capuchinhos que oferecem o nome ao evento, são os fortes e sinceros desejos da organização.
Joaquim Saial
Mais informação das Festas dos Capuchos em:
Joaquim Saial
terça-feira, agosto 1
Video Killed the radio star
segunda-feira, julho 31
O regresso...
não num dia de nevoeiro, mas sim num dia de calor (como se quer no Alentejo)....
não de alguém desejado, mas sim de um intruso...
Calipole, está de volta....
Bem-Vindos de volta à Calipole...
quarta-feira, fevereiro 15
palavras para quê
segunda-feira, fevereiro 6
POSVV 2009-2019
O infocalipowww.infocalipo.blogspot.com
lançou um desafio estimulante:
Pensar e discutir Vila Viçosa, o seu enquadramento económico, social, e cultural no passado, presente e futuro.
O Plano Organizacional para Vila Viçosa pretende reunir o máximo de contribuições possível de modo a que a abordagem seja o mais abrangente possível assim, não fiques de fora!
Estas contribuições serão editadas no blog Infocalipo e serão depois impressas e enviadas às forças políticas em Vila Viçosa, espero que essas pessoas possam ver este projecto como uma contribuição da sociedade civil (cidadãos), como uma possibilidade de ouvir o povo e não como um possivel monstro opositor, qual moinho de vento de D. Quixote.
A participação é um direito que se prende com a liberdade de cada um, mas se nos afastarmos não podemos atribuir as culpas aos outros quando fomos os primeiros a atirar a toalha ao chão, por isso, o Calipole como não poderia deixar de ser, apoia esta iniciativa.
Participa!!
mais informações em:
www.infocalipo.blogspot.com
www.orestauradordaindependencia.blogspot.com
www.dnunalvarespereira.blogspot.com
calipole@aeiou.pt
quarta-feira, fevereiro 1
No dia 31 de Janeiro de 1908, o rei, que se encontrava em Vila Viçosa, tinha dado carta branca a um documento que autorizava a expulsão para fora do país ou o degredo nas colónias de todos os criminosos que cometessem crimes contra a segurança do Estado. Se este facto influenciou de algum modo o que se viria a passar no dia seguinte é algo que a História provavelmente nunca virá a dar resposta. Todavia a maior parte dos historiadores pensam que o regicídio foi um acto que era há muito planeado e que esse documento não influenciou de forma decisiva o que viria a acontecer no dia seguinte.
No dia 1 de Fevereiro o rei ao regressar de Vila Viçosa desembarcou no Terreiro do Paço, na linha Sul e Sudeste. Quando a carruagem se dirigia para o paço, o rei D. Carlos foi alvejado pelo caixeiro Alfredo Costa enquanto o príncipe D. Luís Filipe era morto da mesma maneira por um professor, Manuel da Silva Buíça. D. Amélia conseguiu proteger o seu filho mais novo, D. Manuel que sofreu um ligeiro ferimento. Os regicidas foram imediatamente abatidos enquanto a carruagem partiu em debandada para o Arsenal da Marinha.
Este crime deixou toda a opinião pública estupefacta, incluindo os próprios republicanos. Apesar do ódio que o rei começava a suscitar devido à sua política centralizadora, todos reconheciam nele as qualidades de homem de carácter e de dignidade. A sua política repressiva era plenamente justificada pela agitação política que se vivia. Daí que esse acto tivesse sido condenado por todos os sectores da opinião pública, como tendo sido um crime bárbaro e estúpido.
O certo é que o regicídio marcou uma viragem abrupta na cena política. Dias antes, com o 28 de Janeiro, grande parte dos chefes revolucionários tinham sido presos e o próprio falhanço do golpe tinha fortalecido psicologicamente a política real. O franquismo identificava-se com os objectivos do próprio rei e por isso a sua morte significava irremediavelmente o fim dessa tentativa de segurar um regime que estava preso por arames. Tanto mais que D. Manuel não estava preparado para um cargo para o qual não tinha sido orientado e que dificilmente conseguiria conduzir.
http://www.citi.pt/
terça-feira, janeiro 31
O Rei pintor
Fundação da Casa de Bragança (Vila Viçosa)
quinta-feira, janeiro 26
Igreja dos Agostinhos - Panteão dos Duques de Bragança
O que parece estranho é que esta Igreja, a maior de Vila Viçosa em dimensão, encontra-se hoje em quase ruína, isto apesar de ela guardar no sono profundo os Duques de Bragança, ainda hoje os familiares mais próximos dos primeiros reis de Portugal.
Se os Duques de Bragança Restauraram Portugal, não estará na hora de Portugal retribuir?
Se Aqui se Restaurou Portugal, porque é que Portugal não retribui e Restaura agora alguma dignidade aos Duques de Bragança?
Será que não está o país reconhecido pelo serviços feitos? Será que queríamos ser Espanhóis?
Será que nos arrependemos que D. João IV tomasse o trono aos "Felipes", será?
quarta-feira, janeiro 25
Igrejas dos Agostinhos - Panteão Nacional dos Duques de Bragança
Casa religiosa fundada no reinado de D. Afonso III, foi beneficiada pelo rei D. Dinis, pelo condestável, D. Nuno Álvares Pereira e pelos Duques de Bragança. O duque D. Teodósio II pretendeu fundar no convento uma universidade, tendo para tal obtido breve do Papa Pio IV, anulado, no entanto, com a sua morte, em 1630, tendo, apesar disso, dado início, no convento, a um Museu de Arqueologia, onde foram reunidas lápides, escultura romana e peças recolhidas no templo de Proserpina e provenientes do templo do Endovélico, no Alandroal.
Mais tarde, houve, no convento, aulas públicas de latim e grego e, posteriormente, nele funcionou instrução primária.
Originalmente, foi o templo edificado orientado para ocidente.
No século XVII, após prolongada insistência dos Duques de Bragança, no reinado de D. João IV, foi alterada a fachada do edifício da igreja, voltando-o para o Terreiro do Paço, ficando a capela-mor e o cruzeiro da igreja destinados a panteão da Casa de Bragança.
As obras na igreja tiveram início em 1635. Em 1677, em tempos de regência de D. Pedro II, fez-se a transladação das ossadas dos Duques de Bragança para o panteão ducal na igreja deste Mosteiro de Santo Agostinho, sem que estivessem ainda concluídas na totalidade as obras de arquitectura. Com grande patrocínio régio foram as obras derradeiras efectuadas nos reinados de D. João V, D. José I e D. Maria I. O Mosteiro foi encerrado em 1834, tendo, por essa altura, entrado na posse da Casa de Bragança.
Teve uso militar até à 2ª metade do século XX, momento em que passou a estar ocupado pelo Seminário Menor da Diocese, tendo sido cedido, posteriormente, em definitivo, ao arcebispado eborense.
Templo de massa pesada e austera, edificado com amplo recurso à pedra mármore da região, desde as fundações às abóbadas, passando pela estrutura da fachada, e pelos seus pórticos e portais.
O cruzeiro do templo é obra grandiosa. Impressionante é o zimbório em volumosa caixa de planta octogonal. No adro do convento existe formoso cruzeiro marmóreo, que pertenceu ao Rossio de São Paulo, fronteiro à desaparecida ermida de S. Sebastião. A fachada do convento conserva a silhueta ancestral setecentista.
No interior da igreja, a nave, lançada em planta rectangular, de cruz latina e grandiosas mas severas proporções, repousa em abóbada de aresta e os braços cruzeiros rasgados em profundidade oferecem a magestade inerente à sua função sepulcral. Seis capelas decoram os corpos laterais da igreja, de arcos plenos interligados por pilastras aparelhadas, de mármore.
A realçar: retábulo do altar e forro azulejar da capela de S. Nicolau Tolentino, de feição barroca; retábulo barroco da capela de Santa Rita de Cássia; transepto imponente e em estilo barroco e seus altares laterais compósitos, com abundante emprego de mármores aparelhados; a capela-mor, de planta rectangular, austera mas revestida de magníficos materiais marmóreos da região, com o risco próprio de um panteão fúnebre; o retábulo do altar-mor em mármore e marmoreados neo-clássicos; o grandioso coro-alto, com aplicações de mármores; o claustro barroco, o refeitório manuelino e a sacristia renascentista do convento.
segunda-feira, janeiro 23
O Rei Músico - D. João IV
Por via paterna era trineto do rei Manuel I de Portugal, através da duquesa D. Catarina. Ficou para a história como O Restaurador (por haver sido restaurada a independência nacional) ou O Afortunado (por aparentemente, uma vez caída a coroa na sua cabeça, não ter querido reinar, e só se ter decidido após a intervenção da esposa).
Tal como a generalidade dos “Bragança”, terá sido um grande entusiasta das artes, a ele se atribui o facto de no século XVII ter existido em Vila Viçosa uma das maiores academias de Música de Portugal e da Europa.
É também defendido que terá sido o autor de um projecto de instalação de uma Universidade em Vila Viçosa, plano esse que abandonou aquando da sua coroação como Rei de Portugal e deslocação para Lisboa em 1640, época em que Vila Viçosa inicia o seu declínio após grande apogeu durante os séculos XVI e XVII.
A D, João IV se atribui igualmente a autoria de um dos hinos de Natal mais célebre em todo o mundo, “Adeste Fidelis” – D. João IV.
Cantet nunc io
Ergo qui natus
sexta-feira, janeiro 20
Sugestão de fim-de-semana
Não poderia deixar de ser...
Um bom artigo, para quem não conhece e mesmo para quem conhece...
Visite ou re-visite - descubra Vila Viçosa, descubra Portugal...
De certo que não se arrependerá!
http://rotas.xl.pt/0504/500.shtml
quarta-feira, janeiro 18
Esperando o Sucesso - Henrique Pousão
Os quadros de Henrique Pousão até poderão estar no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, ao invés de estarem na sua terra Natal e fatal, no entanto, em espirito estarão sempre em Vila Viçosa. Aqui ficam no museu virtual de Vila Viçosa, à espera que um dia exista um verdadeiro museu de arte digno desse nome em Vila Viçosa.
Afinal de contas não é de isso que estamos todos à espera?
segunda-feira, janeiro 16
"Languidez"
Tardes da minha terra, doce encanto,
Tardes duma pureza de açucenas,
Tardes de sonho, as tardes de novenas,
Tardes de portugal, as tardes de Anto,
Como eu vos quero e amo! Tanto! Tanto!
Horas benditas, leves como penas,
Horas de fumo e cinza, horas serenas,
Minhas horas de dor em que eu sou santo!
Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
Florbela Espanca
O Caracena
Estou a falar do Caracena ou Carracena, um dos sinos que se encontra num dos campanários de seis sinos da Igreja de São Bartolomeu.
O Caracena era um sino que serviu o relógio público da Torre de Menagem do Castelo ( que hoje já não existe) e que nas guerras da Restauração foi fortemente danificado pelas tropas do general espanhol daquele nome.
Nota Histórica - Em junho de 1664, as forças do general espanhol Carracena, que estavam a cercar Vila Viçosa, de onde seguiram para a célebre batalha de Montes Claros, uma das últimas da Guerra da Restauração.
E-mail : calipole@aeiou.pt
Colaborem!
calipole@aeiou.pt
A recomendação de quem já visitou a Calipole
Roteiro Recomendado - Vila Viçosa
No passado fim de semana alongado, lá fui eu à descoberta de algo que não via há muitos e muitos anos.A zona de Vila Viçosa, a qual é recheada de monumentos, marcos e lugares históricos ímpares na História de Portugal.
É o caso do Palácio Ducal de Vila Viçosa que encerra dentro de si, em conjunto com o da Pena e o de Queluz, o legado histórico dos Duques de Bragança, sendo a forma viva como antes se vivia naquelas imensas salas.Salas estas decoradas com todo o tipo de objectos de arte, móveis de fino recorte, louças, artefactos ou utensílios, para além de valiosas coleções de quadros de vários pintores famosos, esculturas e tapeçarias.Anote-se na obra de arte que o rei D. Carlos I deixou em matéria de paisagens pintadas.De registar que em diversos anexos ao Palácio estão 73 coches, berlindas e vários meios de transporte da realeza e do clero do tempo da disnatia de Bragança, incluindo a carruagem que transportava D. Carlos I aquando do regicídio com dois buracos de balas.Ao lado em frente do palácio podemos vistar o Panteão dos Duques e o Panteão das Duquesas, separadas depois da morte, pois então, tal como em vida tinham quartos separados.Além do Palácio, há a referir com especial destaque a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, imagem esta que foi coroada pela Raínha D. Luísa de Gusmão e desde então, nunca mais raínha alguma usou coroa.
O alojamento é meio complicado em Vila Viçosa, porque com excepção da excelente Pousada D. João IV, não vi mais que possa atrair alguém. Existem sempre alternativas muito perto, como sejam Estremoz e Elvas.
Todavia, os recheios históricos da região não se esgotam no Palácio ou nos Duques de Bragança, dado que foi ali muito perto que se deu a Batalha de Montes Claros e nos livrámos dos espanhóis, até hoje.
Atractivos não faltam, icluíndo o conjunto de fortificações das Linhas de Elvas e, em especial, o castelo de Évora-Monte onde se deu a Convenção do mesmo nome que pôs termo à luta entre liberais e miguelistas.
Por fim, há que referir o simbolismo literário espelhado no facto de ser a terra de nascimento de Florbela Espanca, estranhando-se que a autarquia local tenha ao abandono a casa onde ela viveu e certamente muito escreveu.
Vila Viçosa - Calipole - Princess of Alentejo
Vila Viçosa has always been rightly considered a jewel in the treasure chest of Alentejo, so it is hardly surprising to find that it has often been included in royal dowries and endowments.
Dona Brites, the wife of King Afonso IV, was the first to receive it as a wedding present, followed by Leonor Teles, King Fernando's lover who was hated by the people of Lisbon, and was later presented to Nuno Álvares Pereira, the heroic general of King João I.
There is much natural and man made beauty in town, which covers an area of less than 200 square km. It is easy to reach the conclusion that the natural beauty inspired men to continue to be creative, as the town's rich cultural heritage would not have been enlarged and improved as it has been over the centuries.
In today's industrial age, nature is still the driving force behind the production of the beautiful pieces of ornamental stone, besides the marble which has long been the mainstay of the local economy.
Vila Viçosa will satisfy the demands of the most refined visitor. Historical episodes abound in the churches, convents and palaces, while wild boar and deer run free in the royal hunting grounds "Tapada Real". As you can no doubt guess, the traditional cuisine of the Alentejo reaches its high point here, with special emphasis on cakes and desserts, above all "Tibornas".
The Ducal Palace (picture above) - This was the former residence of the Dukes of Braganza from the beginning of the 16th century and was commenced in 1501-1502 (the north wing) and completed in the 18th century. The main façade is completely covered with local marble and takes Italian Renaissance architecture as its inspiration.
The building has three floors and each one, from the ground floor to the last, corresponds to one of the classical orders: Doric, Ionic, and Corinthian.
Within the fifty rooms open to the public are housed precious private art collections and extremely rare books which originally belonged to King Manuel II, Portugal's last reigning monarch.
The art collection includes paintings by the best Portuguese artists of last century, Flemish and French tapestries, frescoes on walls and ceilings, furniture, porcelain from the Far East, Portugal, Italy and other countries, old armor including some very rare pieces made in the Far East, Portugal, Germany, France, etc.
In the Library, which houses over 50,000 volumes and has a public reading room, there is a reserved collection of old Portuguese printed books (15th and 16th century), amongst which are to be found first editions of Os Lusíadas (1572), Comentários ao Pentateuco (1489), Vita Christi (1495), Almanaque de Abrado Zacuto (1496), Livro de Marco Paulo (1502), Tratado da Esfera by Pedro Nunes (1537), etc.
Palace square - This open and airy square, with a total area of about sixteen thousand square meters is one of the most beautiful ones in the country. It is situated at the entrance of this noble and aristocratic town, when entering from Borba, Estremoza and the border town of Elvas. To its right are the Royal Chapel and the Palace gardens.
All this is waiting for You, at Vila Viçosa - Alentejo - Portugal!
segunda-feira, janeiro 9
Henrique Pousão
Henrique Pousão ingressa na academia de Belas Artes do Porto em Outubro de 1872 com 14 anos.
É aluno dedicado durante toda a sua fase de aprendisagem. A obra que apresenta a exame final da área de pintura histórica,
Daphnis e Chloé,
avaliada com nota distinta, reflecte com rigor a estética clássica, alinhada com a necessidade de comprovar a técnica exigida na academia.
1881 é o ano da admissão à Escola Nacional de Belas Artes de Paris, fruto da escolha elaborada pela Academia de Lisboa, em detrimento de António Ramalho.
Interrompida a vida, aos 25 anos, interrompe-se a obra de um pintor que poderia ter sido um dos maiores se não o maior representante da pintura naturalista e pré impressionista do nosso pais.
Não tendo tempo para se desligar da vida académica, deixou-nos algumas "lições" geniais e na fase terminal da sua vida, através das suas paisagens, mostra o início de um caminho que coloca no nosso imaginario a duvida sobre qual seria o final desta história, caso o destino não nos tivesse levado Henrique Pousão tão cedo desta vida.
sexta-feira, janeiro 6
Henrique Pousão - Cecilia 1882 (23 anos)
quinta-feira, janeiro 5
Bento de Jesus Caraça (Vila Viçosa, 1901; Lisboa, 1948)
Viveu os primeiros cinco anos da sua vida na “herdade da Casa Branca”, na freguesia de Montoito, onde aprendeu a ler e escrever com um trabalhador, José Percheiro.
A extraordinária rapidez com que aprendia impressionou a esposa de Raul de Albuquerque (de quem o pai de Bento era feitor), que decidiu tomar a seu cargo a educação do jovem.
Tendo concluído com distinção o exame de instrução primária em 1911, em Vila Viçosa, fez o curso liceal nos liceus de Santarém e de Pedro Nunes, em Lisboa, que terminou em 1918, ano em que ingressou no Instituto Superior do Comércio, posteriormente designado Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras(I.S.C.E.F.), actual Instituto Superior de Economia e Gestão.
No 2º ano deste Instituto( 1 de Novembro de 1919) foi nomeado 2º assistente do 1º grupo de cadeiras, pelo professor Mira Fernandes.
Licenciou-se com altas classificações em 1923.
Em 13 de Dezembro de 1924 é nomeado 1º assistente, em 14 de Outubro de 1927 professor extraordinário e em 28 de Dezembro de 1929 professor catedrático da 1ª cadeira (Matemáticas Superiores- Álgebra Superior. Princípios de Análise Infinitesimal. Geometria Analítica).
Integrou o Conselho Administrativo da Universidade Popular Portuguesa desde a sua fundação, em 1919, quando era ainda estudante universitário, tendo assumido a sua presidência em Dezembro de 1928, encetando a sua reactivação . Reorganiza a biblioteca, cria um conselho pedagógico e prepara-se para organizar um cooperativa de cinema educativo. Realiza ali uma conferência sobre “Comércio e Finanças”, em 1927 ou 1928,um “Curso de Iniciação Matemática”, de 1931 a 1933, diversas conferências e palestras sobre os mais variados temas, de que se destacam: “Galileo Galilei, Valor científico e valor moral da sua obra “(1933), “A Arte e a Cultura Popular”(1936) , “Rabindranath Tagore”(1939) e diversas outras . No âmbito da mesma actividade de esclarecimento cultural dá aulas em cursos de aperfeiçoamento no sindicato do Arsenal da Marinha no princípio dos anos 30, profere a célebre conferência sobre “A Cultura Integral do Indivíduo- Problema central do nosso tempo”, na União Cultural “Mocidade Livre”(1933) e sobre a “Escola Única”, na Sociedade de Estudos Pedagógicos(1935).
Em 1938 propôs, com os professores Mira Fernandes e Beirão da Veiga, ao Conselho Escolar do I.S.C.E.F. a fundação do Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia, de que foi director até Outubro de 1946,ano da sua extinção por decisão ministerial.
Em 1940 fundou, com os professores António Monteiro, Hugo Ribeiro, José da Silva Paulo e Manuel Zaluar, a “Gazeta da Matemática”.
Em 1941 fundou a “Biblioteca Cosmos”, de que foi o único director. Esta verdadeira “enciclopédia do saber”, pioneira mesmo a nível da Europa, publicou 114 títulos, com uma tiragem global de 793.500 exemplares(tiragem média por livro:6960 volumes). Nela publicou Bento Caraça o seu notável livro “Conceitos Fundamentais da Matemática” que revolucionou a abordagem da história da Matemática focada dum ponto de vista interdisciplinar e dialéctico.
Foi eleito Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Matemática para o biénio de 1943-44 e Delegado da Sociedade aos Congressos da Associação Luso-Espanhola para o Progresso das Ciências, de 1942 a 1944 e de 1946 a 1948.
A subida do fascismo ao poder leva Bento Caraça a intensificar a sua actividade política quer a nível clandestino como militante comunista, quer a nível legal e semi-legal : participa activamente na Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo e no Socorro Vermelho Internacional; mais tarde participa na fundação do MUNAF, em 1943, e do MUD, em 1945.
Constantemente perseguido, nunca abdicou dos seus ideais. Acabou por ser preso pela PIDE e, posteriormente, demitido do seu lugar de professor catedrático do I.S.C.E.F., em Outubro de 1946.
Publicou diversas obras e numerosos artigos sobre Matemática, de que se destacam “Interpolação e Integração Numérica”(1930-32), “ Lições de Álgebra e Análise”, em 2 volumes( 1935-1940), “Cálculo Vectorial” (1937).
Colaborou na “Revista do Instituto Superior de Comércio”, “Revista da Economia”, “Técnica”, “Seara Nova”, “Vértice”, no quinzenário “O Globo”, que fundou juntamente com Rodrigues Migueis; e nos semanários “O Diabo” e “A Liberdade”.
Talentoso matemático e professor universitário, não só sabia criar nos alunos aplicação e gosto pelo estudo, como criar amigos com os quais permanentemente passava a conviver.
Resistente antifascista, lutador pela liberdade e a democracia, apontava como horizonte mais vasto profundas transformações sociais, uma sociedade sem exploradores nem explorados, uma sociedade socialista..
Homem de cultura, atacava o monopólio cultural das classes dominantes , apontava o caminho da criatividade e da fruição culturais pelo povo e sublinhava o consequente imperativo da solução dos graves problemas económicos das massas trabalhadoras. Deu uma importante contribuição para a democratização da cultura. Apontando o valor e o papel do indivíduo, inseria a sua actividade em realizações colectivas.
Homem de profundas convicções, reflectia e incitava os outros a reflectirem, respeitava as opiniões diferentes, era sereno na controvérsia. E porque confiava no futuro, acreditava na juventude, convivia com os jovens, que com ele conversavam e passeavam. E nem ele nem os os jovens sentiam as diferenças da idade.
Morreu em Lisboa, a 25 de Junho de 1948, com apenas 47 anos de idade. O seu funeral transformou-se numa impressionante manifestação de pesar e de homenagem sentida a um dos maiores vultos da intelectualidade portuguesa que jamais traiu a sua humilde e honrada condição de classe.